13/09/2013

Baré na mesa!

FCB ignora filme sobre um dos momentos mais importantes para a música e cultura da cidade

Depois da sequência de três filmes inspirados ou sobre o rock de Brasília nos anos 1980, o aguardado longa metragem Geração Baré-Cola – Usuários de Rock está chegando aos cinemas. A produção retrata o cenário do rock brasiliense da década de 1990, de onde despontaram Raimundos, Little Quail and The Mad Birds, Maskavo Roots, Oz, entre outras bandas que ajudaram a definir a cara do rock brasileiro no período.

Em seu primeiro teste de audiência, realizado em Brasília. O filme causou uma grande comoção entre os convidados para a sessão VIP. “Foi super aceito pelo público mas temos que dar o desconto por ser um filme que mostra a cidade com pessoas da cidade, e tinha muita gente na platéia que participou e ou conhecia as pessoas que participam do filme”, conta o diretor Patrick Grosner, que destacou a exibição do longa em Curitiba. “Foi uma grande surpresa, pois o público não era ligado ao rock e não sabia mesmo nada sobre o filme. No debate final fomos super aprovados, confirmando a força narrativa do filme e a total aceitação da plateia”.

Apesar de sua importância e de retratar uma época e uma cena que teve grande impacto nacional na produção musical e que ajudou a definir os rumos artísticos e estéticos daquela década, Geração Baré-Cola foi ignorado justamente pelo evento que deveria ser sua maior vitrine. O Festival de Cinema de Brasília.

“No ano passado, fomos realmente desdenhados pela comissão que selecionou os filmes do FCB, mas principalmente pela comissão da seleção Mostra Brasília, pois o filme tem um potencial incrível de interação com o público e conta uma história que ninguém ainda não contou”, lamenta o diretor.

Em 2012, a Mostra Brasília tinha espaço para a exibição de 4 longas com 3 curtas em cada sessão, mas os curadores resolveram selecionar apenas 2  longas para aumentar o número de curtas selecionados. Em 2013, o regulamento vedava a participação de filmes já inscritos no ano anterior.

“Fui assistir a todas as sessões e fiquei muito decepcionado com a qualidade do que foi selecionado. Muitos curtas ruins tiraram o espaço de pelo menos mais dois longas de qualidade! E para terminar, os dois longas selecionados dividiram os dois prêmios de longas oferecidos pelo festival. Acho que o FCB perdeu a grande chance de ver um filme de qualidade, com um assunto da cidade, que encheria facilmente uma sala com muita gente interagindo e curtindo um trabalho feito em Brasília para Brasília", diz Patrick Grosner.

Apesar desses contratempos, a estreia comercial está próxima e a julgar pelas reações despertadas nas pré-estreias, será um sucesso de público. “É uma incrível aventura sonora, repleta  de momentos especiais, causos e narrativas bem-humoradas, vivenciadas pelos músicos e suas respectivas bandas”, destaca o diretor. E nós aguardamos ansiosamente.

Um comentário:

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Valeu pela participação.

Renato Nunes

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