24/10/2008

Nem com a Plebe de joelhos...

A Plebe Rude se apresentou no Espaço Brasil Telecom na última quinta-feira (23/10), mas não é sobre o excelente show que a banda realizou que vou falar. É sobre um absurdo que ouvi na entrevista que o Seabra concedeu à Rádio Cultura antes do show.
Pelo que entendi a EMI simplesmente se nega a relançar ou liberar os direitos dos álbuns da Plebe lançados sob a bandeira deles. Ou seja, o patrimônio cultural brasileiro está e sempre esteve nas mãos dessas empresas gringas que optam simplesmente por ignorá-lo solenemente e empurrar o que já vem pronto de fora, com a condescendência ou empenho de muitos jornalistas de camisa do Coldplay. 
Ainda bem que tanto a grande indústria do entretenimento quanto o jornalismo de agradinhos estão amargando um doloroso ocaso, assim espero pelo menos.
Também ouvi o líder da Plebe falar sobre o projeto de regravar todo o material da banda. O que seria uma excelente idéia e deveria começar não pelo Concreto, mas pelo Nunca Fomos tão Brasileiros cuja produção sofreu mais com o desgaste do tempo que o antecessor. Apesar de não substituir as produções originais, a idéia de uma releitura de uma obra tão importante tanto em seu contexto histórico (a música Proteção é pra mim o marco zero do fim da ditadura militar e da censura) como na influência no rock nacional, é no mínimo instigante. Eu mesmo já exercito o chutômetro: Herbert produzindo de novo? Jander gravando uns vocais? 
Abaixo, o show no Espaço Brasil Telecom e o clipe de Até quando Esperar, de 1986.


3 comentários:

  1. Showzaço, banda ainda é muito boa.

    Abs

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  2. Lembro que, no caso da EMI, também estão "presos" os discos do Finis Africae e Arte no Escuro.
    Agora, o azar é da(s) gravadora(s), pois tanto estes quanto todos os outros discos/CDs fora de catálogos são facilmente achados na internet para download.
    Depois reclamam que estão perdendo dinheiro...

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  3. Cara, me lembrei de uma sacanagem que as gravadora fizeram na transição do vinil pro cd, quando lançou alguns álbuns compilados em um único cd, para que as bandas não recebessem nem a mísera fração de direito nas vendas....

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Renato Nunes

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