10/10/2008

Arte no Escuro


Depois do estouro nacional de Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, as gravadoras voltaram seus olhos para a produção brasiliense e acabaram metendo os pés pelas mãos. Não que as bandas que ingressaram nos grandes selos no rastro das três citadas não tivessem suas qualidades, mas ao contrário da trinca que tinha inegável apelo pop, Finis Africae, Detrito Federal e Arte no Escuro não se encaixavam no formato que a mídia exigia na época. Hoje vou falar do caso específico do Arte no Escuro, de longe a menos pop de todas.

Vamos à época. Nos idos de 1986, existia no Gilbertinho (QI 11 do Lago Sul), um bar chamado Rainbow , cujo porão era o point de encontro dos darks. Dark era como os góticos costumavam ser chamados. O Arte no Escuro era uma banda dark, bem gótica, à Bauhaus. Tinha uma sonoridade bem antagônica à das FMs naquele momento. Algo que o incompetente produtor do disco achou que resolveria com uma mixagem pop, com aquela caixa de bateria estalada dos anos 80, um lance meio Lulu Santos. O resultado? O disco saiu pior que a demo caseira gravada pela banda, onde o clima sombrio das composições era até realçado pela sujeira da gravação precária.

Mas, está aí o disco do Arte no Escuro, lançado pela EMI em 1987. A demo, eu espero publicar em breve!

Arte no Escuro – Arte no Escuro (EMI, 1987)

01- Beije-me Cowboy
02- Na noite
03- Celebrações
04- Entre as aves de rapina
05- Vencidos
06- Boro
07- O fim
08- Rosas


2 comentários:

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Valeu pela participação.

Renato Nunes

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