Em pouco tempo, a banda se tornaria a preferida dos skatistas da época, que acabaram formando a base do seu público. A banda era diferente do que é hoje. Parece que desse tempo apenas o Rafinha continua. No início, tinha mais um guitarrista, Guto, tinha o Toco, um vocalista frontman solto e um baterista pedreiro chamado Jason. Uma banda tão diferenciada que acabou até gerando uma cena ska posterior. Muita gente, e eu estou incluído aí, achava que o Bois de Gerião estouraria ali mesmo em 96/97 e levaria junto uma terceira geração brasiliense ao mainstream nacional. Mas apesar da banda ter conseguido uma carreira sólida e um público fiel no Distrito Federal, o tal sucesso nacional não veio.
Mas, o legado de uma banda não pode ser medido apenas pelo fato dela ter passado ou não pelo mainstream. O Bois de Gerião foi uma banda que quebrou paradigmas, antes deles só havia por Brasília bandas no tradicional guitarra-baixo-bateria. Os Bois mostraram que era possível agregar mais e mais elementos em uma banda, que era possível e preciso reinventar formatos e performances. E se hoje, bandas como os Móveis Coloniais de Acaju ou o Gilbertos Come Bacon sobem nos palcos com seu exército de instrumentistas, isso se deve muito ao arrojo dessa molecada, que eu conheço de uma época em que os ensaios eram quase caóticos. Rafinha, Foca, Tell, Toco, Jason (um batera de mão pesada que vivia estressado e parava de tocar as músicas no meio do ensaio pra afinar a caixa), todos boa gente. Quem também passou pela banda foi o baterista Txotxa, ex-Maskavo Roots e que hoje toca na Plebe Rude.
O Bois de Gerião tem dois álbuns, o primeiro é muito bom e o segundo, regular. Ambos foram lançados pelo selo brasiliense Prótons, sendo que o de estréia teve a produção do Philippe Seabra da Plebe Rude. Uma banda que ainda está na ativa e que foi, sem dúvida, uma das protagonistas da segunda metade dos anos 90 (ao lado d’Os Cabeloduro) e uma das mais importantes do rock brasiliense.
caralho,
ResponderExcluireu tinha 14 anos quando pogava ao som de Eu Não Sei o que Fazer, RAP, Grupies...
Bois é uma referência foda pra Gilbertada. Muito legal falar da importancia que a banda tem na história dessa cidade, os caminhos que ela ajudou/ajuda a abrir. Sabemos que caminhamos por uma estrada já iniciada.
Parabéns ao Bois pela bela história e obrigado pela referência como banda.
joca/Gilbertos Come Bacon
"...mas talvez seu furuto não seja
bem do jeito que vc pensar
sua atitude de foda-se tudo
não te leva a nenhum lugar,
já esta na hora
ponha a mão na cabeça
nunca é tarde pra vc mudar..."
Ha!
No porão 2000, só se falava da oportunidade de eles representar a banda como a próxima banda de brasília a chegar ao mainstream.
ResponderExcluirSabe se lá o que o destino fez para que isso não acontecesse.
Fim de semana é uma das melhores músicas do rock brasília anos 90.
Me lembro que naquele Porão fizeram questão de colocar uma sequencia de shows ska que fecharia com Bois só para realçar a importancia da banda (Moveis tocou naquele festival, mas para mim era so a banda do nome esquisto ate entao, rsrsr)
O bom dos shows do Bois é que sempre enchia de gatinhas. Eles ficaram estigmatizados como a banda "promessa" da 3° onda do rock Brasília, coisa que ainda não aconteceu. Parece que atualmente, os caras viraram uma banda de rock gaúcho. Doidera!
ResponderExcluirmuito legal o texto!
ResponderExcluirqueria deixar uma sugestão para o blog
escute o som do Instiga - www.instiga.com
acho que vão gostar. Vi um clipe deles muito legal...
Bons tempos de teatro garagem bois a vaca foi pro brejo festival cult 22 haha coletania banana porra era baum d+ eu lembro do ultimo show que o toco tocou no garagem com um colar de .tomada freak d+ auhauauaa
ResponderExcluiro sofá sempre vomitado...
Bons tempos viu...
Guto, Jason e Toco. Quem tem notícias?
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