Assim como o Joy Division, é super difícil falar de The Cure, uma das bandas mais fantásticas do mundo. Além disso é também uma das mais conhecidas e, por isso, não vou ficar aqui discorrendo a história da banda.
Fato é que muita gente vai dizer que Cure não é Pós-Punk, e sim gótico. Mas eu digo que a banda surgiu na cena Punk, sendo primeiramente tratada como tal, mas com o 1º disco passou a ser vista como uma banda PP, teve uma fase gótica como nenhuma outra teve, e após essa fase ela passou a intercalar discos pops e góticos.
Uma vez na MTV fiz um programa especial do Cure, de uma série chamada Arquivo MTV, onde eu contava a história da banda através de matérias misturadas com clipes.
Lembro de uma passagem onde Robert Smith falava sobre o início dos anos 1980, quando a banda estava numa ultra fase gótica com discos como Faith, Pornography e Seventeen Seconds. Smith disse que estava cansado de melodias tristes e aquela era uma época onde as bandas estavam fazendo músicas para cima – era o auge da New Wave, e ele queria provar para ele mesmo que era capaz de fazer boas canções Pops. O resultado foi o maravilhoso Japanese Whispers. Depois dele o Cure tomou outro rumo e chegou ao mainstream, principalmente dois anos depois, com o The Head on the Door.
Robert Smith é gênio e qualquer coisa que faça é, no mínimo, ok. Excelente guitarrista, letrista e vocalista.
Eu, particularmente, não ouço tudo dessa fase gótica do Cure, mesmo assim há coisas maravilhosas. Gosto mais do lado pop da banda. Lembro que muita gente, fã velho, torceu o nariz após o mega sucesso que a banda fez na segunda metade dos anos 1980, principalmente após a 1ª vinda dela ao Brasil, quando, incrivelmente, “Boys Don’t Cry”, música de 1979, fez tremendo sucesso em 1987. O fato é que The Head on the Door e Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me são obras primas (é só ouvir “The Kiss”, 1ª música do Kiss Me... que guitarra! que música!).
Aí depois desses discos, pra fechar os 80 com chave de ouro, vem Disintegration, outra obra prima, agora de volta com a sonoridade gótica. E aí para abrir os 90 veio Mixed Up, um disco de remixes produzido pelo próprio Smith que também é um petardo! Desde a primeira audição não larguei mais o disco e o uso muito, inclusive, para sonorizar programas de TV que faço.
Você que despreza o Cure mesmo sem conhecer a banda, deveria fazer um exercício de pelo menos escutar esses discos disponíveis abaixo. O Cure é assim: sempre haverá algo de bom que você acabará achando.
Bem, vamos a alguns dados históricos:
- The Cure surgiu em 1976, em Crawley, na Inglaterra. A princípio se chamava Easy Cure.
- Contando os atuais, a banda já teve 12 integrantes.
- Entre discos de estúdio e ao vivo são mais de 20 lançamentos desde 1979.
- Graças ao Cure toda uma geração de bandas surgiu. Além disso muitas bandas famosas tiveram sua forte influência como The Smiths, Bauhaus, Sisters of Mercy, Echo and The Bunnymen e Depeche Mode.
- Pela sua grande amizade com o pessoal do Siouxsie and The Banshees, Robert Smith chegou a fazer parte da banda gravando o disco Hyaena de 1984. Smith excursionou e participou de clipes. Essa amizade começou quando as duas bandas fizeram uma excursão em 1979.
- Essa grande amizade ainda rendeu o projeto paralelo The Glove, que lançou apenas um disco em 1983 chamado Blue Sunshine. Fazia parte Robert Smith e Steven Severin, baixista da Siouxsie.
- Sem dúvida alguma, os clipes do Cure estão entre os melhores do mundo.
- A banda acabou de lançar o mais novo disco chamado 4:13 Dream.
- Se Robert Smith é gay ou não isso é o que menos importa.
Discografia recomendada:
Japanese Whispers (1983) 1
Disintegration (1989) 1
Mixed Up (1990) 1
Staring at the Sea (singles) 1
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Renato Nunes