26/04/2009

Billy from hell

Desde os tempos do Little Quail, a única banda brasiliense de rockabilly ou derivações que conseguiu fazer um trabalho que não soasse como cópia ou que não causasse sensações de deja vu em ouvidos mais esclarecidos foi o Capotones.

Ao contrário de seus contemporâneos, que não arriscam um centímetro além das fórmulas e arranjos mais que manjados, o Capotones inovou no visual, quase glitter, e nas músicas, um psychobilly com referências de rock pesado, do metal ao hardcore à Dead Kennedys.

Nos anos 90, o Little Quail mostrou para quem quisesse ver, que era possível unir os riffs e beats dançantes do rock 50’s com o vigor e a energia das guitarras distorcidas do seu tempo. O resultado foi uma das bandas independentes mais influentes do Brasil. O Capotones não chegou a ter tanto alcance nacional, mas na minha modesta opinião, foi a mais talentosa banda billy do Brasil nos últimos dez anos. E a única brasiliense do gênero que merece alguma menção, pelo menos pra mim.

Um detalhe curioso é que o líder e idealizador da banda, o guitarrista Rafael Lobo, usava uma guitarra que ele projetou exclusivamente para tocar com o Capotones. Além dele, formavam a banda os competentes Pablo Cebola (voz e guita), Leo Ofugi (baixo) e Rodrigo Pinto (bateria). A banda acabou em 2007.

Seu único álbum (há também um split póstumo) foi lançado pelo selo brasiliense Prótons em 2005. E apesar da (boa) produção ter deixado escapar a sujeira conceitual presente na demo, é um dos discos mais bacanas do rock brasiliense dos anos 2000.

CapotonesCapotones (Prótons, 2005)

1. Três
2. Jackie D
3. Opalão
4. Teoria do Caos
5. Balada do Assassino
6. Verão Químico
7. SM Blues
8. Hijo de la Muerte
9. Blues Traveco
10. 400 C.V.
11. Última Onda
12. Handsome Devil
13. Surf Rock Afegão


BAIXE AQUI


7 comentários:

  1. I must say: NICE TITS!
    thanks Renato

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  2. Cara eu fui em um show de lançamento deste cd na fnac (alias, foi ali que eu conheci a banda).
    Eles são realmente show!!!
    E iam além do rockabilly (tinha horas que me fazia lembrar até o system of a down).
    Pode ser suspeito por adorar rockabilly, mas os caras mereciam algo a mais além do reconehcimento indi.
    E realmente a guitarra dos caras são um ponto chave da banda.

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  3. O anônimo gostou dos peitos da capa? Pelo que sei são de um rapaz...

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  4. hahaha, é mesmo, tem esse detalhe desdobrando a capa. Mas aí é só no cd original.

    Abs

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  5. Hoje em dia só tem merda de banda billy...

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  6. Pra mim, a melhor banda de Brasília desde Raimundos e Little Quail. Pelo menos no palco. Tinha o melhor baterista de Brasília, ao lado de Liotto dos ASKeS. Acompanhei os Capotones desde a idéia original, que era de ser uma banda de Rockabilly, com 3 guitarras e sem baixo, uma delas seria minha humilde guitarra. A idéia adormeceu por uns 2 ou 3 anos e, após formar uma banda de hardcore melódico (Fallboy) com o Pablo, Rafael, que era baixista nesta banda (exímio, por sinal) decidiu levar a frente o antigo projeto, que desta vez seria com guitarras e baixo e o nome de Exu e os Capotones. No lançamento da banda do Rocktober fest de 2000 (se não me engano), a banda mudou de nome em cima da hora para Os Capotones. Até então com o Cráudio, do Pioneiros da Borracha na bateria (amigo de infância de Léo e Rafael).

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Renato Nunes

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