25/06/2013

Meia-Dúzia: Mani (FESTA) ções e afins

Todo mundo, granadinha pro alto. E vai rolar a festa, vai rolar!
Não, este aqui não é mais um post de boas maneiras e todo blábláblá de chorume via redes sociais. Na verdade, trata-se de uma orientação sobre boas maneiras revolucionárias e confesso que a maioria delas eu já tinha sem sequer saber se eram boas, enquanto outras tão cretinas que não sei como foram se meter neste texto.

Quem é que decide, afinal, quais as boas ou más maneiras? Existem tantos "guias" nesse sentido que nunca se sabe se as maneiras que um ensina são as mesmas do outro. Isso pode causar confusão, pois a gente pode tomar atitudes que leu justamente pra pessoas que leram outras atitudes.

A zoeira e o direito constitucional andam lado a lado. E pra você, que não acompanhou os últimos acontecimentos nesse Brasil de meu Deus, se liga aí, que é hora do resumão: A manifestação contra tarifa de ônibus que virou algo maior que ninguém sabe e provocou uma Constituinte sem revolução. E é aí que entra o meia dúzia desta semana: Musicas que embalam as revoltas.

Num pais onde todo mundo sabe de tudo e o Google explica, tudo seria uma questão de convenção — porque basta se convencionar pra todo mundo se convencer. Um cavalheiro jamais mandaria um ramo de flores para a sua amada: mandaria uma bomba-relógio, que seria muito mais divertido —- depois de estourada a bomba, ela ainda ficaria com o relógio. Uma campanha bem orientada decidiria sobre as "boas maneiras" de cada ano, pra evitar as dúvidas. Assim como está, as boas maneiras se comparam à nossa ortografia: cada um escreve como sabe e ninguém se entende. É muito desconcertante fazer uma gentileza com "f" pra quem ainda acredita no "ph".


6 - TIRIRICA -Estou no Poder

Na primeira da lista, o palhaço dos palhaços e eterno Florentina. Com uma crítica aguçada, serviu de tema ( e inspiração) para outros palhaços como Patati/Patatá: Aguarde 2014 e me cobrem.





5 - LATINO - O Gigante 

O showman que não perde uma oportunidade de se dar bem às custas da desgraça alheia não perdeu a oportunidade. (Eu sou apenas um rapaz) Latino usou e abusou da sua famosa regularidade, produziu uma obra profunda, que traz uma agradável sensação de bem-estar que potencializa o raciocínio do ouvinte e o leva a um maior conhecimento de si mesmo e de seu país. Em certos casos, o efeito desta obra-prima é tão eficaz, que essa sensação de bem-estar pode se estender a outras pessoas que estejam próximas. Ou não.





4 - FALCÃO - A Besteira é a base da Sabedoria

Já o homem por traz da parafernalha colorida (com o telefone incluso!) ousou em dizer que a besteira é a base da sabedoria. E faço minhas, as palavras do nobre cavalheiro: “Já está provado por a + b que a + b não prova nada, e eu, pessoalmente, já mostrei que é tudo a mesma coisa”.
  
 




3- CAPITAL INICIAL -Viva a Revolução

Estamos num blog onde o tema é Brasilia. Claro que não poderia faltar um representante do quadradinho goiano. Dinho OURO Preto e sua trupe entraram na onda de gritar palavra de ordem (sem cair do palco, evidentemente!) e criaram o clichê de colocar “motorista,olha o poste” no chinelo.





2 - RAUL SEIXAS - Aluga-se

Antes de mais nada, é necessário que a pessoa conheça cada vez mais seu país, pra ir se amoldando ao próprio temperamento atual: até o chato pode protestar o bem, desde que aprenda a se aturar. O conceito de felicidade vai mudando dentro de nós, à medida que o tempo vai passando: o homem só consegue ser completamente feliz quando não se preocupa mais com isso. Se nada der certo, Aluga e vaza.




1 - GERALDO VANDRÉ - Pra não dizer que não falei das flores

Profissão ingrata é a do cronista, tem de dar certo logo na primeira. O médico receita remédios, depois recorre à operação, depois apela pra novos remédios, depois faz novas operações, depois consulta outros médicos, depois decide recomendar um especialista. O advogado também tem seus "depois", sabe que está metido numa guerra de inteligência e não de justiça: se perder, apela pra segunda instância, se perder de novo apela pro Tribunal Superior e, ainda assim, consegue um descontinho na pena do seu constituinte, que, mesmo condenado, tem a seu favor o indulto e a liberdade condicional. O cronista mete-se numa enrascada e não tem mais saída: ou todo mundo acha bom e ri, ou não ri e acha péssimo. Não é como o cantor, que faz sucesso com uma música e passa o resto da vida cantando a mesma.






 Pra não dizer que não falei das flores, lá vai: FLORES!

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