16/11/2012

Rock candango daqui pra frente: Bateu asas e sumiu?


Tão polêmico quanto os vídeo do Guri e Os Mamilos, depois de longas e intermináveis conversas com músicos amigos meus, produtores e apreciadores do rock brasiliense, restou uma conclusão quase definitiva: o dito cujo ritmo com guitarras do cerrado envelheceu.

Talvez seja aquela máxima de que os tempos são outros, e que na minha época e todo blábláblá exposto pelos figurões do rock candango de outrora. Acabou toda e qualquer vontade de montar banda, de fazer letras de protesto e etc. Essa gurizada leite-com-pêra hoje, quer saber de reclamar muito no twitter e nada mais.

Os poetas/músicos contemporâneos não tem mais aquela coisa de expressar seus pensamentos de uma maneira pessoal e encontrar as reverberações, bem como um texto como uma segunda parte da obra musical. Não entram num ‘tom’, nem se encaixam com os acordes e a rítmica. Não há originalidade em suas obras.

Em momentos de nostalgia relembrando Rumbora, Sentupé, Escola de Escândalo, Codorninhas dentre outras do cenário oitentista e noventista, é muito comum que todas essas figuras listadas no primeiro paragrafo compartilhem da ideia de que o rock de Brasília anda meio morno e/ou quase cru.  Salva uma ou outra coisa que se pode recomendar para fora do quadradinho no meio do Goiás. Nos idos tempos de cidade do interior, os K7´s enviados por amigos da capital federal sempre deixaram a marca de “o rock gaúcho é bom, mais o de Brasília é excelente!”. 

Contudo, entendo que a música é uma arte e, como tal, não consigo concebê-la na forma como é feita modernamente, com visuais exagerados e forjados, músicas de composição terceirizada e milhões de dólares em muito, muito marketing que acaba por convencer qualquer um que determinado lixo é cool! E daí nasce um hit, nasce um ídolo e até um mito.

É. Soa estranho dizer isso. Cada geração teve seu ritmo marcante (rock, lambada, tango, dance, etc.), mas só porque sua adolescência passou e seus ídolos pararam de produzir, não quer dizer que toda aquela cultura se perdeu no vento e que os filhos de Brasília  não tenham influenciado novos talentos capazes de produzir material de qualidade. Resta saber: Aonde estão nossas  grandes boas bandas e suas grandes ideias de outrora? No próximo mês quem sabe, tudo isso acabe e eu já tenha me esquecido de vez?

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Renato Nunes

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