Cólera em ação, nos idos de 82. Ícone do punk rock brasileiro |
Não consigo expressar em palavras toda a importância que o Cólera teve em minha formação como pessoa. Impossível. Provavelmente, eu nem teria este blog ou mesmo as preocupações e indignações que norteiam as postagens mais críticas.
O Cólera era a banda que dizia, tente mudar o amanhã. O amanhã chegou. Nosso mundo mecânico, mundo eletrônico cada vez mais nos faz esquecer de que somos vivos, mas nascemos sempre que erramos.
Uma banda que publicou em um encarte de disco, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Que tentava nos lembrar de que nós não nascemos para guerrear, que às vezes temos medo e que muita gente mente, que muita gente dá a mão só para empurrar.
Nas ruas, os vira-latas continuam se mordendo porque não sabem conversar. Então, deixe sua cabeça funcionar, dê uma olhada para essas vidas largadas ao crack nas calçadas das cidades, e descubra onde estão os direitos de viver. Eles não existem mais.
Mas, ainda assim, precisamos nos preocupar com toda a humanidade, com todas as vidas em geral. E devemos ter cuidado para não nos tornarmos homens bobos controlados, pra seguir, pra parar.
Tive o privilégio de assistir a alguns shows do Cólera, em fases distintas da carreira. Sempre em ritmo alucinante. Hoje, o rock brasileiro perdeu seu grande herói e o punk nacional, seu ícone. Obrigado, Redson.
P.s.: Os trechos grifados são referências ou trechos de algumas letras do Cólera. Quem conhece, sabe quais.
Bacana o texto. O Redson merece. Só uma correção do leitor chatinho: a foto é anterior a 1985, deve ser 1981, 82, época do lançamento da coletânea Sub (Colera, Fogo Cruzado, Psykoze e Ratos de Porão)
ResponderExcluirCorrecao muito oportuna, valeu pela participacao!
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