A Plebe Rude se apresentou no Espaço Brasil Telecom na última quinta-feira (23/10), mas não é sobre o excelente show que a banda realizou que vou falar. É sobre um absurdo que ouvi na entrevista que o Seabra concedeu à Rádio Cultura antes do show.
Pelo que entendi a EMI simplesmente se nega a relançar ou liberar os direitos dos álbuns da Plebe lançados sob a bandeira deles. Ou seja, o patrimônio cultural brasileiro está e sempre esteve nas mãos dessas empresas gringas que optam simplesmente por ignorá-lo solenemente e empurrar o que já vem pronto de fora, com a condescendência ou empenho de muitos jornalistas de camisa do Coldplay.
Ainda bem que tanto a grande indústria do entretenimento quanto o jornalismo de agradinhos estão amargando um doloroso ocaso, assim espero pelo menos.
Também ouvi o líder da Plebe falar sobre o projeto de regravar todo o material da banda. O que seria uma excelente idéia e deveria começar não pelo Concreto, mas pelo Nunca Fomos tão Brasileiros cuja produção sofreu mais com o desgaste do tempo que o antecessor. Apesar de não substituir as produções originais, a idéia de uma releitura de uma obra tão importante tanto em seu contexto histórico (a música Proteção é pra mim o marco zero do fim da ditadura militar e da censura) como na influência no rock nacional, é no mínimo instigante. Eu mesmo já exercito o chutômetro: Herbert produzindo de novo? Jander gravando uns vocais?
Abaixo, o show no Espaço Brasil Telecom e o clipe de Até quando Esperar, de 1986.
Showzaço, banda ainda é muito boa.
ResponderExcluirAbs
Lembro que, no caso da EMI, também estão "presos" os discos do Finis Africae e Arte no Escuro.
ResponderExcluirAgora, o azar é da(s) gravadora(s), pois tanto estes quanto todos os outros discos/CDs fora de catálogos são facilmente achados na internet para download.
Depois reclamam que estão perdendo dinheiro...
Cara, me lembrei de uma sacanagem que as gravadora fizeram na transição do vinil pro cd, quando lançou alguns álbuns compilados em um único cd, para que as bandas não recebessem nem a mísera fração de direito nas vendas....
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