30/09/2008

Série Pós-Punk: 5 – Killing Joke

Jaz Coleman (voz e teclados) – Um dos fundadores do KJ é também compositor de música clássica e já lançou Symphonic Music of the Rolling Stones (1994), Us and Them: Symphonic Music of Pink Floyd (1995), Kashmir: Symphonic Led Zeppelin (1995) e Riders on the Storm: The Doors Concerto (2000). Desde 2006 é o compositor residente da União Européia.

Geordie Walker (guitarra) – Outro membro original do Killing Joke, também fez parte do Murder Inc.

Paul Ferguson (bateria) – Também fundador do Killing Joke, Paul teve como marca registrada um estilo nervoso de bateria tribal que influenciou, por exemplo, Sepultura. No final dos anos 80 saiu do KJ, também tocou no Murder Inc. e Pigface. Depois da saída dele, o KJ tocou com vários outros bateras.

Martin Glover “Youth” (baixo) – Baixista original do KJ, já lançou discos solos e trabalhou em outros 5 projetos. Um monstro no instrumento. Saiu do KJ em meados dos anos 80. Produziu e mixou alguns discos da banda nos anos 90.

Paul Raven (baixo) – Grande baixista, entrou para o Killing Joke nos anos 80, também fez parte do Murder Inc, tocou com o Prong e produziu bandas. Infelizmente morreu, aos 46 anos, de insuficiência cardíaca em 20 de outubro de 2007.

Martin Atkins (bateria) – Tocou bateria no PIL. Depois do PIL formou o Pigface e tem uma das mais respeitáveis gravadoras de Metal Industrial chamada Invisible Records. Já tocou com Ministry, Nine Inch Nails e nos anos 90 formou o Murder Inc.
Geoff Dugmore (bateria) – Baterista já tocou com muita gente: Robbie Willians, Debby Harry, Tina Turner, Natalie Imbruglia e Dido.

Um dos maiores fãs de Killing Joke que conheço é Philippe Seabra da Plebe Rude. O baterista Paul Ferguson tocava na Matt Stagger Band quando Jaz Coleman também entrou para a banda. Logo os dois saíram e formaram o Killing Joke junto com Youth e Geordie Walker. Isso aconteceu no final de 1978.

Com o dinheiro emprestado da namorada de Jaz Coleman, o Killing Joke gravou seu primeiro EP chamado Almost Red. Esse EP caiu nas mãos de John Peel que convidou a banda para tocar em seu programa. O, digamos, punk rock eletrônico do Killing Joke chamou a atenção de muitas pessoas e, em 1980, finalmente a banda lançou seu 1º disco. Na seqüência, em 1981, a banda lançou o 2º What’s THIS For...! Esses dois discos são uma pérola rara, pois a sonoridade da banda era muito diferente, agressiva, cheia de teclados, baixo super marcante e uma bateria que preenche todos os espaços. Se houve no mundo uma primeira banda que fundiu a sonoridade do Metal com o Punk, certamente foi Killing Joke (mas nada proposital). Não é a toa que Metallica gravou “The Wait” em seu disco de covers Garage Inc.

Foi na época de gravar o 3º disco que Jaz pirou, se envolveu com Ocultismo e mudou-se para a Islândia. Numa confusão de idas e vindas, Geordie e Ferguson foram com Jaz, chamaram o baixista Paul Raven e reformularam o KJ. Logo depois Ferguson voltou para a Inglaterra, montou uma nova banda com Youth, mas não durou muito e voltou para o KJ. É meio confusa toda essa história, mas resumindo bem a grosso modo, o Killig Joke se mudou para a Islândia, saiu o baixista Youth e entrou Raven em seu lugar. No final das contas a banda acabou retornando para a Inglaterra e lançou em 1983 Fire Dances, um disco mais bem comportado que os dois primeiros.

O disco que deu maior reconhecimento para a banda foi o Night Time, de 1985. E o sucesso foi tanto que o disco foi inclusive lançado no Brasil e o clipe da música “Love Like Blood”, pasmem, passava no programa Clip Clip da Globo.

Killing Joke seguiu os 80 lançando discos razoáveis, alguns de sonoridade esquisita mesmo para os fãs assíduos e, em 1991, Jaz Coleman resolveu sair novamente da Inglaterra e se mudou para a Nova Zelândia. Nesse período só Coleman e Geordie permaneciam na banda. Com eles estava o baixista Paul Raven e o baterista Martin Atkins.

Finalmente em 1994 o Killing Joke voltou às origens e gravou dois ótimos discos: Pandemonium (1994) e Democracy (1996) com o ex-baixista Youth na produção e lançando-os pelo seu selo. A boa e velha sonoridade agressiva do KJ estava de volta!

A partir daí KJ passou a gravar bons discos, incluindo aí o Killing Joke, de 2003, que tem Dave Grohl na bateria e Andy Gill (Gang of Four) como produtor, parceiro em composições e em eventuais guitarras. A turnê desse disco foi feita com o baterista Ted Parsons, do Prong. Por falar em Dave Grohl, por favor, escute a música “Eighties” (do Night Time) e veja de onde Kurt Cobain criou o riff de Come As You Are.

Agora, para delírio total dos fãs, a banda voltou com sua formação original. Desde o dia 16 de setembro está em turnê e, dentro dessas datas, há apresentações especiais onde o KJ irá tocar os dois primeiros discos inteiros, além de Pandemonium e Democracy em outras datas. Certamente virá por aí ótimos discos ao vivo acompanhados de DVDs.

Discografia recomendada:
Killing Joke (1980) (senha: englishfog)
What’s THIS For...! (1981) (parte 1 e parte 2)
Killing Joke (2003)
XXV Gathering! (2005)
Hosannas from the Basement of Hell (2006)

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