17/09/2009

Pedra 90 - Porão 2009: Maskavo Roots

Primeiro Cd da banda Maskavo Roots, que futuramente só se chamaria Maskavo. A banda foi formada em 1993 pelos ex-integrantes do Cravo Rastafari. Começaram em Brasília tocando no circuito undergroud da cidade, como por exemplo, Feira de Música, Projeto Made in Brasília do Teatro Nacional e em várias festas espalhadas pelo Distrito Federal. Influenciados pela cena cultural crescente no país e seguindo a trilha de bandas como Raimundos e Little Quail, começaram a compor e gravar sua Primeira Fita Demo.


A fita logo se expalhou pela cidade e pelo país, servindo de cartão de visitas ao mercado fonográfico. Caiu nas mãos do jornalista e produtor Carlos Eduardo Miranda, que na época foi o fundador do Selo Banguela junto com os Titãs. Gostaram tanto da fita demo que a banda não encontrou dificuldades para fazer parte do cast do selo. O contrato veio no inicio de 1994 e o lançamento do CD Maskavo Roots foi em 1995 com a produção do próprio Miranda e de Nando Reis. A primeira música de trabalho foi Tempestade, que de imediato figurou entre as mais executadas do país e da MTV.

Esta é a referência básica do Maskavo Roots na Wikipédia (!!!!). É mole?

Na verdade o geral é isto aí. Eles foram uma das bandas da geração de 90 que tinha um tipo de som bem diferenciado. Leve-se em conta que nesta época praticamente todas as bandas faziam um som mais pesado e o Maskavo Roots tocava, digamos assim, mais na manha, em termos de som. Era o que fazia deles uma banda bem particular naquela época.

A oportunidade de vê-los no Porão deste ano (que convidou alguns dos all stars dos últimos 25 anos de Rock Brasília) vai ser no mínimo interessante. Visto que os integrante rumaram por trajetórias distintas em suas carreiras musicais.

Prata: Ficou este tempo todo com o Maskavo e na ativa. Eu tenho uma teoria que a banda não precisa ser boa, tem é que dar show, pegar tarimba de palco. E isto o prata tem de sobra.

Txotxa: Este cara não tá na Plebe? Sem comentários.

Pinduca: Bem, o cara saiu do Maskavo para montar um dos grupos mais interessantes do cenário brasiliense dos últimos anos, o Prot(o) – sem rasgação de seda....

Salsicha: Cara, o sujeito sai do ska para encarar Os Cabeluduro por uns tempos. Tarefa hercúlea...

E o povo quer saber: Onde está a Joana? A vocalista da banda e musa daquela época. Ninguém disse que ser do rock tem que ser feio. Me lembro que saiu uma foto dela, tipo pôster na Bizz. Parece que estavam apostando nela como sex simbol ou algo do gênero. O fato era que ela cantava legal – mesmo – e essa história de musa meio que ofuscava o talento da cantora.

O M. Roots que se apresentará no Porão não será a banda Maskavo cuja formação mais recente mantém somente o guitarrista Prata. E é isto. o Maskavo Roots foi, sem dúvida alguma, uma das bandas com a trajetória mais longeva, e isto por si só, já é um puta mérito dos caras. Estarei lá no Porão para prestigiá-los. Não escondo de ninguém a minha adimiração pelos colegas que conseguem fazer do rock uma profissão! Dá-lhe Maskavo Roots! E eu quero ouvir Besta Mole!!!!!!!!!!

Texto: Zeca Domingos
Foto: Patrick Grosner

3 comentários:

  1. Já deixei isso claro pra todos saberem, inclusive o Txotxa. O 1º disco do Maskavo é um clássico absoluto dos 1990. é difícil pra mim dizer qual o melhor momento do disco. Talvez 45? Sei lá. Ele, volta e meia está em meu Ipod. Grandes canções, execução impecável e bela produção.
    Prata e Quim foram valentes em seguir em frente e acompanhei a batalha deles aqui em SP.
    São todos muito talentosos e sempre terão meu respeito.

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  2. Muito bom o texto, Zeca. Como disse nos comentários do meu blog, é o relato de um cara de fora da banda (portanto, com certa isenção), mas totalmente por dentro da cena dos anos 90. Vc tocou num ponto interessante: esse nosso lado pop. Como os anos 90 se caracterizaram por uma prevalência do som pesado, fomos meio discriminados por alguns jornalistas e galera underground por sermos mais "leves". Isso nos tirou de festivais como Juntatribo, por exemplo.
    Sobre a Joana: ela morou alguns anos nos States, onde estudou música e cantou em clubes noturnos. Voltou para o Brasil há uns três anos e está tentando a carreira de cantora no Rio. Se não me engano, está terminando de gravar o primeiro disco.

    Paulo, agradeço em nome da banda os seus elogios ao Maskavo. De certa forma, temos uma sensação de não termos sido compreendidos à época e o seu relato traz um certo conforto. Concordo que o Quim e o Prata foram valentes em continuar a banda: eles merecem esse crédito.

    Renato, valeu pelo espaço.

    abs.

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  3. Que isso, Pinduca, não precisa agradecer.

    O engraçado é que esse retorno foi a coincidiu justamente com a época em que estava redescobrindo o disco do Maskavo Roots, ouvindo direto o disco, que foi realmente um trabalho absurdo de arrojado. Desejo um show pra vocs no Porão.

    Abs

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Renato Nunes

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