Marcelo Frota ficou conhecido como Momo desde seu último Cd, A Estética do Rabisco, lançado em 2006. No último mês, Marcelo lançou sua segunda compilação, intitulada O Buscador.
Para quem não sabe, o rapaz antes de seguir com sua carreira solo, fazia parte do Fino Coletivo, banda que toca um samba-rock esperto e anda fazendo muito sucesso. Momo largou este estilo e foi para um mais introspectivo, o folk. Sem deixar de passar, claro, pela nossa MPB.
Eu dividiria O Buscador em três partes. A primeira pode ser definida com a palavra “triste”, não por ser ruim, mas por ser este sentimento que Momo nos passa. Inclusive, uma das músicas chama-se exatamente “Tristeza”. Já no refrão de “Preciso ser Pedra”, Momo embala “Vai minha tristeza!”, numa crítica que me fez lembrar Vanguart e seu “Semáforo”.
A faixa que dá nome ao disco é mais ritmada e fala do alento, que todos nós precisamos em algum momento na vida, um ombro amigo, por exemplo. Com certeza, é uma das melhores faixas das 10 d' O Buscador.
Num tom bem natureza, “Tristeza” uma das faixas que fecha essa primeira parte, que ficaria muito bem só com um violão (como grande parte do álbum), quer deixar esta tristeza de lado para cantar sobre o amor. É aí que entram “Se você vem”, “O espinho desaguou” e “Bonita”. Ela parecem estar em sintonia, falando de um relacionamento mágico, onde as pessoas se completam e vivem feliz. “Como é lindo o nosso amor”, diz Momo em “Bonita”.
Se você achou que Momo terminaria por ali o tema tristeza, se enganou. Nas duas últimas faixas ele mistura os dois temas acima citados. Em “Seu Amor”, que conta com a participação de uma voz feminina espanhola ele canta a dor de quem está apaixonado. E finaliza com “Fin”, uma melodia tranqüila, mas que passa toda a melancolia que sentia ao fazê-la.
Portanto, O Buscador é um álbum simples, melodioso e tranqüilo, que fala das coisas da vida. Para quem se interessou, dá para baixá-lo na página do ex-mineiro e notavelmente carioca no Trama Virtual.
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Renato Nunes