O rock de Brasília, dos anos 80, aquele em que faziam parte a Legião, a Plebe, o Capital, Escola, Diamante, Elite, etc... era altamente influenciado pelo Pós-Punk. Num vácuo entre o Punk Rock e a New Wave, existiu o Pós-Punk. Entre 1978 e 1981 muita coisa boa surgiu. A diferença entre as bandas de Brasília para as bandas de São Paulo, por exemplo, é essa.
Falando de anos 80, enquanto Olho Seco, Cólera, Ratos e Inocentes ouviam coisas omo GBH, Exploited, Riistetyt, Rattus e Dead Kennedys. As bandas da capital escutavam Pil, XTC, Stranglers, Gang of Four, Joy Division. É claro que o Punk Rock e Hardcore também eram escutados. O Dead Kennedys, por exemplo, é uma influência comum entre todas elas. Quem tem o Diário da Turma poderá ver ao final do livro uma lista de bandas preferidas.
Mas acontece que, em Brasília, a maioria foi para esse lado do Pós-Punk, do gótico. Enquanto o Punk dizia“sem futuro”, o Pós-Punk, ao contrário, acreditava nele. Enquanto no Punk as guitarras gritavam, no Pós-Punk a atenção se voltou para o baixo e para os teclados.
Lá se escutava coisas até mesmo desconhecidas em SP, como Fred Banana Combo e Haircut 100. A riqueza da sonoridade do Pós-Punk era (e é) absurda. Hoje inclusive há algumas bandas novas como Bloc Party, Franz Ferdinand, Radio 4, Mates of State entre tantas outras, que resgataram essa sonoridade.
Dito tudo isso, informo a todos que a partir da semana que vem abrirei uma série de textos para falar dessas ótimas bandas do Pós-Punk. Enquanto isso, respire fundo, e escute Metal Box, 2º disco do Pil. (P.M.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Rock Brasília, desde 1964 conta com sua ajuda e suas sugestões para se aperfeiçoar. Comenta aí!
ATENÇÃO! Como a moderação está ativada, pode ser que demore uns minutinhos pro comentário aparecer. Palavras de baixo calão e críticas que nada tenham a ver com o contexto da postagem serão limados sem dó.
Valeu pela participação.
Renato Nunes