O Maskavo Roots foi formado a partir de uma banda de reggae chamada Cravo Rastafari, no início dos anos 90. Naquele tempo, 9 de cada 10 bandas formadas em Brasília eram punk/hardcore/metal. E o Maskavo foi uma banda que rompeu com o tudo que o rock de Brasília havia produzido de mais relevante até então. Apesar da influência do punk se fazer presente no ska à Sandinista (álbum triplo do The Clash, de 1980) que a banda fazia, o MR trilhou um caminho diferente de seus contemporâneos e suas guitarras distorcidas.
Alguns hits grudentos como Tempestade e Besta Mole foram bastante executados, mas a banda se esfacelou e mudou tanto que nem dá pra dizer que é a mesma. Pinduca ainda formaria o Prot(o), que gravou dois bons cds, e o Marcelo Vourakis passou pelos Cabeloduro, com quem gravou um cd em 2005.
O disco de 1995 é excelente, só que não foi digerido corretamente pelo mercado da época. Espremido entre o forró-core dos Raimundos e o mangue-beat de Recife, ainda teve que disputar espaço com o experimentalismo engraçadinho do Pato Fu. Mas, é um clássico de seu tempo, repleto de composições interessantes, hits assoviáveis e arranjos inteligentes, e que saiu pelo selo Banguela.
Maskavo Roots (1994) Banguela Records
1. Chá Preto
2. Gravidade
3. Tempestade
4. Blond Problem
5. 5°
6. Don Genaro
7. Far Away
8. 45
9. Los Grilos
10. O Corpo(Dance 'til It Drops)
11. Besta Mole
12. Sexta
13. Escotilha
14. D.D.P.
15. Yo No Quiero Trabalhar
Clássico absoluto! Já falei pro Quim, Prata, Txotxa e aos quatro ventos. Uma pérola! Há 16 anos não paro de escutá-lo.
ResponderExcluirRecentemente fiz um trabalho com Nando Reis e conversamos rapidamente sobre o disco.
Valeu o post!
abç
Marchetti