19/07/2010

Debaixo lá das palhas do coqueiro


...e o resto da estória não precisa nem falar, maconheiro nordestino que queria encaretar, e é por isso que o Raimundos nunca vai se acabar.

Os versos quase proféticos são da canção Marujo, dos Raimundos. Banda com uma das trajetórias mais interessantes no rock brasileiro. Isso porque quase tudo que se refere ao eles parece ter sido escrito por alguém.

Tem o início, com a história de amigos que tocavam apenas pra zoar, já que todos ali tinham as bandas “de verdade”.Depois, a banda acabou e foi ressuscitada pelo baterista Fred, que nunca havia sido integrante.... Isso acabou sendo fundamental na carreira do Raimundos. Acho que sem ele, a banda sequer existiria. Pelo menos não da forma como conhecemos ou mesmo com a obra que produziu. Seria uma banda sobrevivente apenas na memória dos mais empolgados com rock brasiliense.


Depois teve a saída do Rodolfo por motivos religiosos, o que acabou gerando mágoas e ressentimentos tanto nos remanescentes como nele mesmo. E aí, não foram poucos os que deram a banda como acabada. Mas como o refrão de Marujo prenunciara, eles resistiram. Graças ao enorme número de fãs que a banda possui. E se engana quem pensa que o Raimundos toca para trintões melancólicos de um passado que não retorna. Passou-se uma geração após a saída do carismático vocalista. Para os novos fãs, cativados por seu caminhão de hits, a formação atual é a banda e pronto. Não se sente saudade do que nunca se viu. Não custa lembrar que 2010 foi o ano em que o Raimundos assumiu seu legado sem culpa e reencontrou a estrada e o público.

Abaixo vocês podem ver o programa MTV+ no qual seus integrantes falam sobre sua trajetória cercada de peculiaridades e que botou a banda, sem dúvida alguma, entre as cinco maiores do rock nacional em todos os tempos, basta que a lista seja séria.


2 comentários:

  1. E aí, Renato, beleza? Eu sou um dos trintões saudosistas. Com 14 pra 15 anos fui a um show deles e lá arrumei a minha primeira namorada, uma menina que ficou impressionada com aquele cabeludo magrelo "polgando" (apanhando, na verdade) nas rodinhas que sempre se formavam. Depois, devo ter ido a mais uns 2 ou 3 shows com o seu irmão. Talvez por isso o Raimundos, pra mim, está morto e enterrado, rs... Como diria o Belchior, eu é que não vejo que o novo sempre vem... Um abraço!

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  2. Fala, meu chapa. Sei como é isso, mas o que impressiona é que a banda ainda tem (muitos) fãs na faixa dos 17 a 20 anos. E quando se observa que a formação clássica deixou de existar há quase dez anos fica mais impressionante ainda.

    Valeu pelo comentário, professor!

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Renato Nunes

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