Se púdessemos traçar uma linha do tempo definindo o que seria a Era do Disco, ela começaria no ano de 1966 quando o LP deixou de ser uma copilação de singles para se tornar álbum, uma obra única. E terminaria com o lançamento na web do In rainbows, do Radiohead.
Foram as obras-primas Revolver dos Beatles, Pet Sounds dos Beach Boys e o Freak Out, álbum de estréia do Frank Zappa e seus Mothers of Invention, que redimensionaram o conceito de se comprar um disco a partir de 1966 (antes disso, os long plays eram meros apanhados de singles). Fato que foi fundamental para o surgimento da grande indústria fonográfica que hoje vemos em agonia. E foi a última obra do Radiohead que arriou as calças dos grandes selos em público.
A certeza é que a partir de hoje, da geração de hoje, a cultura massificada estará, senão acabada, profundamente enfraquecida. Não teremos mais aqueles discos que se tornam clássicos para toda uma geração, como vinha acontendo. Mas teremos uma maior diversificação de horizontes e perspectivas, mais trocas pessoais, mais troca de cultura e conhecimento.
Enfim, concordo que comprar um disco, seja ele um bolhachão de vinil ou uma bolachinha de plástico, é um prazer ímpar e uma primeira audição de um Sgt Pepper's ou de um Nevermind (ambos) é uma emoção única, mas o novo mundo que se desenha a nossa frente promete emoções tão ou mais intensas. Novas, mas tão ou mais intensas.
Este blog foi criado para preservar a cultura de Brasilia pela divulgação de todas as bandas de brasilienses que viveram a Era do Disco e das próximas que já nascerão no mundo digital.
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Renato Nunes